Perdeu o pai aos nove anos de idade. A mãe preferia que estudasse para ser professora como ela. Mas, o sonho de Francimary Leão Dias sempre foi ser médica. Nasceu em Barcarena, depois morou em Tucuruí e, aos 12 anos, foi estudar em Belém-PA o Curso Ginasial e Científico. Filha mais velha de 6 irmãos, ajudou a mãe a criá-los e acha que por isso nunca sentiu falta de filhos. Ingressou no curso de Medicina da Universidade Federal do Pará (UFPA) e se especializou em Dermatologia na Universidade de São Paulo (USP).
“Para exercer essa profissão tem que antes de tudo amar e respeitar as pessoas. Tem que gostar de gente”.
Embora não quisesse ser professora, hoje leciona medicina na Universidade Estadual do Pará (Uepa). Ela conta que adora os alunos. “São como filhos pra mim, é uma maneira de transmitir tudo que aprendi na universidade e na vida”. Durante todo o curso de Medicina também trabalhava como funcionária concursada de um órgão público. É uma médica realizada. Titulada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e com áreas de atuação em Cirurgia Dermatológica, Hanseníase e Cosmiatria (onde se incluem os procedimentos “estéticos”).
Santarém foi a cidade que escolheu para viver. A médica, após terminar a especialização, preferiu a calmaria do interior do Pará. “Santarém era carente da especialidade e por isso deu muito certo, embora eu sinta muito a falta da família que mora em Belém”, destaca. A médica tem uma vida intensa no trabalho, quase uma workholic, mas ainda tem tempo para malhar e se divertir.
Francimary não se arrepende das suas escolhas e faria tudo novamente. Hoje, atua como dermatologista em clínica particular e no serviço público – Secretaria do Estado de Saúde Pública (Sespa) e na Secretaria Municipal de Saúde (Semsa)-, além de ser professora.
Gosta de enfatizar que ser médica é, antes de tudo e sobretudo, um sacerdócio. “Para exercer essa profissão tem que amar e respeitar as pessoas. Tem que gostar de gente”.