Nunca é tarde para começar as mudanças de hábitos e colocar o corpo em movimento para viver melhor. Aos 50 anos de idade, a empresária Rosivete Figarella iniciou a prática da corrida, por ser um dos esportes mais democráticos, que aproxima pessoas, gera troca de experiências, além de proporcionar qualidade de vida.
“A corrida faz bem ao corpo e mente. Com o tempo, aprendi a gostar da atividade e me inscrevi para a primeira corrida de 5 km, promovida pela Casa Rosa, entidade que cuida de mulheres com câncer em Santarém. Após isso, vi que podia ir mais longe, então, me inscrevi em todas as corridas na cidade, além de não descuidar dos treinos semanais promovido pelo meu grupo de corrida, Santarém Runners”, conta Rosivete.
A empresária tem uma rotina de trabalho bastante extensa. Ela acorda às 5h30 da manhã, vai à academia e trabalha 10 horas por dia. Mas, tem o cuidado de ir ao médico regularmente. “Todo ano, faço check-up da minha saúde, o que inclui ir ao cardiologista, mastologista e nutróloga. Faço ainda os exames de rotina para prevenir doenças. Com a prática da corrida percebi a mudança na parte física e constatei que é possível superar os meus próprios limites. Essa mudança é responsável por turbinar a minha autoestima”, afirma.
Corridas Realizadas
42 km
– 1 corrida no Chile
– 1 corrida em Lisboa
37 km
– Corrida na Caminhada de Fé com Maria, Mojui/Santarém
25 km
– Corrida em Bom Jardim da Serra- UPHILL, em Santa Catarina
21 km
– 2 corridas Asics Golden Run, em Brasília
– 1 corrida em São Paulo
– 1 corrida Olympikus, em Santarém
15 km
– 1 corrida São Silvestre
– 1 corrida em Portugal
14 km
– 1 corrida Santarém do meu amor
– 1 corrida Santo Antônio, em Belterra
10 km
– 1 corrida Quem são elas, em Fortaleza
– 1 Circuito BB, Belém
– 1 corrida da Infantaria, na Paraíba
– 1 corrida do Sesi, em Santarém
– 1 corrida do Sest Senat, em Santarém
– 1 corrida de Selva extremo, no Pindobal
7 km
– 1 corrida Unimed/Ulbra, em Santarém
– 1 corrida da Polícia Militar, Santarém
6 km
– 1 Corrida do Círio, em Santarém
5 km
– mais de 20 corridas
A corrida como desafio
Rosivete, após muitos treinos, aceitou o desafio de participar da Corrida de São Silvestre em 2016, na cidade de São Paulo. “Foi uma experiência maravilhosa, mas meu corpo pedia mais, queria ir além. Então, me inscrevi na meia maratona de Brasília e venci meus primeiros 21 km. Participei ainda da corrida de 15 km em Portugal, 4 meias maratonas, em Brasília, São Paulo, Santarém e, finalmente, encarei o grande desafio de disputar uma maratona que aconteceu em 2018, na cidade de Santiago, no Chile. Foi uma experiência única, seu corpo vai à exaustão, mas eu senti que foi a coisa certa. É uma satisfação e uma alegria indescritível, um sentimento prazeroso, uma mistura de superação e vitória”.
De todas as corridas que participou, Rosivete conta que a mais desafiadora foi a Uphill, em agosto de 2019, na Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina. “Para este desafio foi necessária a contratação de uma assessoria especializada. São 25 km de pura adrenalina, frio intenso, 25 mil metros de subida, 284 curvas, um desfiladeiro de 1421 metros de altitude e você tem que enfrentar os teus medos. Contratei uma assessoria esportiva, a DSX, onde recebia planilhas semanais de treinos e acompanhamento profissional individual. Foram meses de treino intenso e exaustivo, mas, ao final, na linha de chegada, com a torcida te aplaudindo, é impossível conter as lágrimas e você sabe que conseguiu, que se tornou uma ninja”.
A empreendedora conta com a parceria do marido, Alberto Oliveira, que também é um grande motivador. “Vendo a importância da corrida na minha vida, ele se sentiu motivado. É meu grande parceiro em todos os eventos que participo. Em Lisboa, nós dois fizemos a maratona que saiu da cidade de Cascais e terminou na Praça do Comércio. Participamos também da corrida da Olympikus em Santarém. O esporte me trouxe vários benefícios. Hoje estou mais disposta e com a autoestima mais elevada. Precisei mudar meus hábitos e garanto que a prática da corrida foi fundamental para manter minha vida mais saudável”, destacou.
“Quando a Rosivete começou a praticar corrida de rua para melhorar seu condicionamento físico, logo percebi que não seria apenas mais uma atividade física ou um entretenimento qualquer. Percebi que ela havia se encontrado nesse esporte e que jamais se contentaria em somente correr 5, 10 ou 15 km, que são as corridas mais comuns em nossa cidade. Por isso, quando participamos da corrida de São Silvestre, em São Paulo, e vi a forma como ela chegou, mesmo sem treinar, com um esforço extremo para cruzar a linha de chegada, percebi que a família tinha ganhado uma atleta. Vi, também, que Santarém e Brasil não seriam o bastante para essa corredora, que acorda todos os dias às 5:30 da manhã para treinar, correr e se exercitar, afirmou o esposo.
A Meia maratona de Brasília foi apenas um ensaio para o que viria a seguir, pois, logo ela se inscreveu na sua primeira maratona: a Maratona do Chile, em 2018. Depois, outros desafios se sucederam, foram várias outras corridas e maratonas, incluindo a Maratona de Lisboa, em 2019.
O esposo de Rosivete conta que de todas as conquistas que ela já teve neste esporte, a que mais o impressionou foi o desafio da Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina-SC. “Foram os três meses de muita preparação, disciplina rígida e vontade de vencer, que me levaram a acreditar que, depois de percorrer as 284 curvas da serra, o frio intenso, o cansaço, a neblina e mesmo assim, o sorriso de gratidão pela vitória, tive então a certeza de que não tinha apenas uma esposa maravilhosa, havia também naquela mulher, uma atleta completa, uma vencedora, e, mais que isso, uma lenda.”
Raphaela Ramalheiro, Médica Nutróloga (CRM 8497 | RQE 4539)
Rosivete Figarella é sinônimo de disciplina e persistência. Quando estabelece uma meta, trabalha incansavelmente durante meses até o objetivo final. Assim, concluiu 2 maratonas e inúmeras outras provas. Iniciamos acompanhamento em 2015, com objetivo de longevidade saudável. Sempre seguiu as orientações e tratamentos propostos. Isto influenciou na sua performance e nos resultados das corridas, contribuindo para diminuir o risco de lesões e melhorar sua recuperação.”
Glauber Marinho, Personal Trainner (CREF: 3902 G/PA)
“Ela sempre foi muito aplicada nas atividades de musculação, chegando todos os dias (segunda a sexta) às 06h da manhã na academia. Quando o assunto é corrida, Rosivete simplesmente é uma inspiração para nosso grupo. Lembro que treinávamos domingos e feriados durante a preparação para corridas nacionais e internacionais, às 04h da madrugada. Fazíamos treinos na cidade vizinha (Mojuí), na qual tinha o percurso mais amplo e seguro. Ela coleciona medalhas de maratonas de vários lugares, inclusive uma da qual tive a oportunidade de presenciar, sua primeira maratona (42km) em Santiago. Realmente essa mulher é de aço.