As pessoas que sofrem de mau hálito criam uma barreira social entre elas e seus amigos, familiares, cônjuges e colegas de trabalho. A halitose, termo científico para descrever mau hálito, é a percepção de uma alteração na qualidade do odor do fluxo expiratório. Conceitos atuais mostram que o odor fétido exalado pela boca não mais é considerado uma doença e sim um sintoma. “A halitose não é uma doença, mas pode denunciar a ocorrência de alguma patologia ou problema de saúde. Sendo assim, é um sinal de que algo no organismo está em desequilíbrio, devendo ser identificado através de um correto diagnóstico”, explicou o gastroenterologista Willian Aguiar.
O mau hálito representa um verdadeiro obstáculo biopsicossocial, influenciando diretamente na vida familiar, trabalho, ambiente social e vida sexual dos pacientes. Apresenta etiologia multifatorial, ou seja, pode ser encontrado mais de um fator causal em um mesmo indivíduo, como distúrbios respiratórios, gastrointestinais, orgânicos, psíquicos e principalmente fatores buco-dentários.
Conforme Dr. Willian Aguiar explica, pode ser de origem:
• Fisiológica (hálito matinal, jejum prolongado ou consumo excessivo de alimentos potencialmente odoríferos);
• Razões locais consequentes ou não a má higiene bucal (saburra lingual, cáseos amidalianos, baixa produção de saliva e patologias periodontais);
• Problemas em vias aéreas (rinites, sinusites e desvios de septos nasais) gerando consequente respiração bucal noturna;
• Causas digestivas como doença do refluxo gastroesofágico, gastrites, síndrome de supercrescimento bacteriano de intestino delgado, divertículos esofágicos, tumorações ou constipação (intestino preso);
• Causas sistêmicas como diabetes e problemas renais;
• Etilismo;
• Tabagismo.
Considerando a multiplicidade de causas e a complexidade na investigação, Dr. Willian trouxe à Santarém-PA o que há de mais moderno na investigação da halitose. Ele realiza o exame de halimetria, através da cromatografia dos gases derivados de enxofre. O exame não só detecta a presença do mau hálito, como também quantifica e diferencia cada gás responsável pelo hálito ruim.
“Os pacientes na maioria dos casos chegam ao consultório médico depositando suas expectativas apenas em exames como endoscopia digestiva alta, quando na verdade as causas digestivas estão implicadas em uma minoria dos casos. A realização da halimetria por cromatografia bem como estudo da saliva por sialometria são exames que vieram como ótima ferramenta, para médicos e odontólogos quando o objetivo é a investigação da causa do mau hálito”, destacou o gastroenterologista.
Independentemente da etiologia, algumas medidas podem ser tomadas para que possamos evitar a halitose.
Para ajudar na prevenção do mau hálito, o gastroenterologista Dr. Willian Aguiar deixa as seguintes dicas:
• Evite jejum prolongado;
• Evite alimentos que contribuam para o ressecamento bucal (muito salgados, quentes ou condimentados);
• Evite o consumo em excesso de alimentos contendo enxofre em sua composição (ex: alho, cebola, repolho, couve, brócolis…), gorduras, frituras, café, refrigerantes e achocolatados;
• Evite o consumo excessivo de proteínas (carne vermelha, leite e derivados);
• Evite ingerir bebida alcoólica;
• Não fume;
• Ingerir pelo menos 2 litros de água por dia;
• Realize adequada higiene bucal (incluindo limpeza da língua) e evitando o uso de soluções para bochecho com álcool na sua composição;
• Visite o dentista semestralmente, prevenindo assim problemas dentários e gengivais.
“A minoria das causas do mau hálito provém do estômago. Era angustiante ter essa informação e dispor apenas de endoscopia como meio de investigação. Isso me motivou a trazer para Santarém, o mais moderno método de investigação, a halimetria por cromatografia, para análise dos gases que compõem a halitose”, finaliza.