Por estarmos distantes dos centros produtores, frutas, verduras e hortaliças acabam chegando sem uma boa apresentação ou perecendo rapidamente nas prateleiras e na geladeira dos consumidores. Em Santarém-PA, a realidade já é outra, pelo menos com alface e rúcula.
Quem vem trabalhando para mudar essa situação é a Hortysan, empresa que produz hortaliças através de hidroponia, a técnica de cultivo protegido e suspenso onde as plantas recebem todos os nutrientes através da água e sem contato com o solo.
O responsável técnico e idealizador da Hortysan, Myllon de Sousa, ressalta que dá para consumi-las até sem lavá-las. “O manejo é sanitizado e o cultivo é feito em galpões protegidos, sobre um sistema de perfis de bancadas elevadas do solo. Um ambiente que minimiza e até elimina a presença de fungos, insetos e pragas, evitando o uso de defensivos químicos, os agrotóxicos”.
A Hortysan produz alfaces em uma propriedade dentro da cidade, à 15 minutos do centro comercial. A alface que o cliente compra no supermercado foi colhida poucas horas ou até minutos antes. “A planta cresce em um ambiente com o controle ideal de oxigênio, luz, PH e concentração de nutrientes, tornando-o mais rico em fibras, betacaroteno, vitamina B1, B2, fosfato, vitamina C e de minerais como cálcio, ferro e potássio. As alfaces são até 7 vezes maiores do que as alfaces cultivadas no solo. Elas formam buquês com todas as folhas perfeitas sem bordas queimadas ou escurecidas. A dona de casa e os restaurantes aproveitam 100% do pé da alface”, destaca Myllon.
Cuidado com o Meio Ambiente
O empresário destaca ainda que a produção por hidropônia também faz bem ao meio ambiente. “O sistema economiza 70% da água utilizada pelo cultivo no solo. E quando o ciclo de produção termina, a água é tratada antes de ser devolvida ao meio ambiente. A empresa produz e entrega 500 pés de alface diariamente, totalizando 4,5 toneladas por mês.
Além de toda a tecnologia e das modernas técnicas de manejo, a Hortysan tem outro segredo. Para dar conta de tudo isso, além dos dois colaboradores, Agenor e Pedro, a família também se envolve na produção. Se não houvesse identificação e dedicação da nossa família com o cultivo, talvez não desse tão certo. Como tudo na vida que é feito com amor, acaba florescendo mais”, concluiu Myllon.